sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A solução!

Um sistema educacional de qualidade permite a uma nação o desenvolvimento qualitativo e quantitativo do mesmo nível que se educa. Isso é um fato; está mais do que constatado e não se faz necessária a citação das fontes de estudo que comprovam o que foi citado.

Um país educado é um país com baixos índices de criminalidade. Um país educado é um país com baixos índices de corrupção política e organizacional como um todo.

Mas a palavra educação não se resume somente aos dizeres de “bom dia”, “por favor” ou “obrigado”. Educação, na verdade, não se resume e não se pode resumir a fatores ou a simples atitudes. Educação é o processo formativo de um cidadão global, conhecedor das mais diversas áreas vivenciais não somente de seu próprio mundo, mas do mundo todo.

Nossas escolas atuais são ridículas. Pergunte para qualquer pessoa, principalmente para os considerados mais intelectuais, se eles lembram da Física, da Química ou da Biologia que ele teve durante o período do colégio. Pergunte para os próprios estudantes o que eles aprenderam dessas matérias durante o ano e veja que as respostas se resumem ao mínimo. Mas por favor, pergunte aos estudantes que estudam! Aos estudantes que fazem sua parte de ler, escrever, fazer exercícios, tirar dúvidas.

O lugar que eu quero chegar é que realmente não se faz necessária uma abordagem profunda demais sobre qualquer matéria que se encontra nos colégios. Digo, pois existe uma necessidade outra que não aprender a ter Ciência, mas sim consciência. De que adianta sair de um colegial ou mesmo de uma universidade sem o conhecimento crítico que forma a cidadania? Que colégio até hoje cobrou a literatura social? Sem fazer crítica aos nossos escritores, mas de que vai servir para o indivíduo, enquanto cidadão, a leitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas ou a leitura de O Auto da Barca Do Inferno? Também não estou pedindo a abolição dessas literaturas! Apenas peço um olhar um pouco mais profundo sobre a questão que todo colégio diz ser norteador: a visão crítica para a formação do cidadão. Por quê não pedir leituras como A República ou Do Contrato Social? Por quê tratar o catolicismo como a verdade absoluta e não estudar sobre as outras religiões ou dogmas com o mesmo afinco?

Jamais conseguiremos esse tipo de conduta de nossos jovens, pois não cobramos isso deles. Mas isso pode mudar com uma atitude muito simples: a inclusão de matérias na grade curricular. Tenho absoluta certeza que Políticas Públicas e Direito Civil não podem deixar de serem trabalhadas dentro de uma sala de aula. Conversar com nossos jovens a respeito de Estatuto do Idoso, da Criança e do Adolescente são nossas obrigações atuais desde muito cedo, não somente para aqueles que decidirem cursar Direito ou optarem por suas Licenciaturas. Ter em grade a Constituição Federativa deveria ser lei!

Também não basta apenas incluir essas matérias e fazer com que as grades curriculares se tornem carregadas demais. A respeito do que foi comentado, pode-se perfeitamente retirar muitos assuntos de várias das matérias que compõem a grade atual. A exemplo disso, posso citar o Ciclo de Krebs, que não me serviu pra mais nada além de preencher um diagrama na prova. Só para constar, deixei essa questão em branco, pois não consegui entender sua serventia, embora sabia de sua importância fundamental. Mas só tem importância cotidiana para quem é da área, enquanto que para a maioria… Veja que esses assuntos podem ser retirados sem que se afete o andamento da matéria. A Biologia, enquanto matéria escolar, consegue sobreviver sem o Ciclo de Krebs, assim como a Física sobrevive sem o estudo dos Equilíbrios.

Tenho certeza absoluta que quando enxugarmos os conceitos que podem deixar de serem vistos em todas as matérias e liberarmos pelo menos 2 aulas por semana para tratarmos conceitos políticos e sociais, certamente nossos jovens serão melhores treinados (realmente educados) para a vida e aí sim os colégios podem incluir em seus quadros da recepção os dizeres que se preocupam em formar um indivíduo com visão crítica preparado para enfrentar a sociedade.

Algo que eu sempre digo: Responsabilidade é algo que todos possuem. O problema está na vontade de colocá-la em prática.

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