sábado, 29 de novembro de 2008

Depende do referencial

Por que critico tanto o comportamento das mulheres? Será que estou falando de uma minoria? Será que aquelas que são do meu jeito não fazem meu tipo? Vou escrever esse texto pensando de outra forma.

Poxa, tem umas meninas tão legais que eu conheço, tão perfeitinhas que não tem como não comentar.

Sabe, tem o exemplo da Beth, uma menina linda e muito simpática. Por onde ela passa, chama a atenção. Essa menina tem um sorriso lindo e cabelos muito charmosos, e o jeito de mulher que ela tem é um show a parte.

A Thayná, que além de possuir todas as qualidades da Beth, ainda tem a forma de pensar, o comportamento e as atitudes que eu qualifico como sendo perfeitos. Essa é a mulher com quem me casaria, pois ela é a mulher que eu sempre idealizei.

Outra menina muito legal é a Marília. Ela eu já não conheço muito bem, mas somente em bater o olho, já percebi que ela é uma mulher fantástica, que vale a pena qualquer esforço para tê-la em seu lado. Ela também é contagiante e é muito fácil de se apaixonar por essa menina. É a simpatia em pessoa. A admiro muito.

Todas essas meninas são muito legais e não tenho dúvidas de que vale a pena ter um relacionamento sério com qualquer uma delas. E talvez aqui morem dois problemas. O maior deles é encontrar um homem de verdade para elas (o que seria, para elas, um homem de verdade?). O outro é o interesse delas por esse homem. Ora, isso parece lógico. Realmente é, caro leitor, mas como é que elas vão saber se tal cara é o homem certo? Acredito que ficar com todos não seja a melhor forma de descobrir. Até mesmo porque pelo que conheço dessas moças, jamais fariam isso. Não combina com elas. Assim como não é delas ficar dando bola para os que chegam chegando, se auto afirmando. Esses caras não têm vez com elas (a não ser que sejam considerados por elas, os tais homens de que falo, me fazendo queimar a língua).

Estou para dizer que isso é um jogo de sorte; "química, coisa de pele, algo sem explicação".

Um relacionamento legal depende dos dois: quando ambos estão apaixonados um pelo outro e quando essa recíproca acontece na mesma época. E como fazer com que isso aconteça? Talvez não dependa de você, talvez sim. Eu, de uma forma particular, não sei o que fazer e nem como fazer. Simplesmente deixo acontecer.

Pode ser que eu esteja errado nos pensamentos anteriores, mas pode ser que não (e acredito que não). Só estou olhando o problema de uma outra forma, com outro tipo de pessoa. Talvez nem caiba comparação, por esse fato.

Acredito sinceramente que as meninas legais e os homens legais tenham o mesmo tipo de pensamento e exatamente por isso tenham um certo problema para se conhecerem e se relacionarem. Um não chega no outro e esperam que o acaso (ou os amigos) os acabe unindo (o que não tem nada de mais).

Sim, olhar para boa parte das mulheres de hoje em dia está muito desagradável e desanimador, mas são mulheres como essas três simpáticas que me fazem acreditar que ainda resta uma chance e que vale a pena esperar acontecer. Aqui vai uma dica para os legais da história: não tenham medo de expressar seus sentimentos. Deixe que a pessoa que você gosta fique sabendo disso. O resto acontece no famoso "processo natural".


(Paulo Spachi)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Quem sou ou o que tenho?

Eu não sou ninguém por quem você possa se interessar:

meu nome é simples,

minha vida é corrida,

tenho 3 empregos,

minha conta bancária não consegue sair do vermelho.


Não tenho um carro, apenas uma moto velha que me ajuda a trabalhar e fazer minha correria diária conta o tempo.


Ainda pago suas parcelas e também um aluguel pra morar numa kitnet.


Além disso, dependo dos meus pais pra sobreviver, mesmo tendo todos os trabalhos que disse.


Não atendo aos padrões de beleza física e muito menos de beleza econômica.


Dou graças a Deus por ser assim. Dessa forma evito qualquer tipo de vida feminina parasita que dá valor a coisas que são perfeitamente corrigíveis com o tempo. Posso perfeitamente ter um único emprego que corrija todo o resto.


O que eu não posso mudar é a minha essência, é o que eu sou. O que eu TENHO hoje posso não ter amanhã e vice-versa, mas o que eu SOU hoje, aquilo que faz parte de mim, isso eu não consigo mudar, nem que eu queira.


Infelizmente, para se ter alguma companhia, você precisa ser bem resolvido de bolso. Não importa se você é um tarado (elas adoram caras tarados), um psicopata (esse elas não vivem sem) ou um cara que vive dando porrada (sem comentários); um cara que vive dentro da academia exercitando músculos e deixando o cérebro atrofiar (o preferido delas).


Não adianta nada valorizar o coração com sentimentos. Hoje em dia isso não vale absolutamente nada e é perigoso ter um valor extremamente negativo. Se você é um cara romântico, carinhoso, atencioso e liga durante o dia pra dizer que está com saudades, cuidado: você corre o sério risco de ser chamado daquele bichinho simpático que vive no cerrado.


Eu sou assim e vou investir nisso. Já tentei mudar e não consegui, e agora nem quero mais. Se você se interessar por mim, tenha em mente que sou um cara extremamente ignorante, sem educação e demasiadamente mal humorado. Só que se você investir na segunda tentativa, vai derrubar essa parede frágil e ver atrás dela um cara que faria tudo por você. Um cara que adora ficar abraçado, que adora andar de mãos dadas pelo shopping, um cara que gosta de passar o domingo em casa vendo filmes e mais filmes com você. Um cara romântico e sonhador, um cara que te beija fazendo carinhos no rosto, um cara que te respeita e te compreende.


Um cara que é feliz, bem humorado, educado e muito calmo quando o coração está sinceramente apaixonado.


(Paulo Spachi)

domingo, 23 de novembro de 2008

Entre Nós

Lembra quando eu te falei do meu medo? Medo de que fosse só um desejo, coisa passageira. Confesso que fiquei feliz em ouvir um "o meu também". Mas hoje, depois de um certo tempo e depois de ter visto aquela cena, pude ver que o meu medo já não era mais o "seu também".


Eu não podia acreditar no que estava vendo, minhas pernas tremeram e meu coração bateu mais forte, só que dessa vez não era mais por paixão. Meu chão se abriu, mas por baixo, e logo abaixo, outro me segurou. A isso dá-se o nome de mágoa. Não desejo esse sentimento a ninguém, por ninguém. Não é tristeza ou chateação, é mais intenso que isso. É uma decepção sublime, tão forte que assim que te derruba, levanta fração de segundo depois.


Quando a chama é assoprada com cuidado, vira fogueira, incêndio. Mas se assoprar rápido demais, essa chama se apaga com a velocidade do sopro, restando do brilho e do calor a sombria e desagradável textura da fuligem.


Infelizmente foi assim. Você foi minha chama de vida, meu brilho que sustentava a alegria de dizer bom dia e que agora se foi. De todo o seu brilho me resta agora a vasta e obscura fuligem da indiferença.


(Paulo Spachi)

domingo, 16 de novembro de 2008

De um para outro, mas para os dois.

Eu sei o quanto é ruim gostar de alguém que não está com a gente. Parece que nada faz sentido, que tudo perde a cor, a graça, o brilho. A gente nem sai de casa porque sabemos que logo teremos vontade de voltar. Nenhum lugar é bom, nada é suficiente. Por mais coisas que você possa ter, tudo é sem valor e não tem a mínima importância pra você, porque a única coisa que você quer é simplesmente estar ao lado da pessoa amada.


Só lembre-se de que a pessoa amada também pode ter coração burro como o seu e não estar nem aí pra você. Ela pode ficar com outro cara na sua frente que nem vai se importar com você. E aí você vai ficar se sentindo o pior dos piores lixos, você vai perder seu chão e não vai saber o que fazer, a não ser chorar e ficar se perguntando o por quê de acontecer esse tipo de coisa com você.


Caro amigo, cara amiga, essas atrocidades com o coração acontecem com todos nós e passaremos muitas e muitas vezes por isso. É exatamente por essa razão que cada paixão se torna mais forte, e digamos séria, porque essas paixões de adolescente não prestam nem pra durar nem uma semana, ou não passam de uma única festa. Quando você cresce e olha pra trás vai perceber isso, mas enquanto se tem a idade na faixa dos "deze", você vai me dizer que estou totalmente errado e vai querer até me bater (que também são coisas da idade). Os mais velhos nunca estão certos.


A gente poderia simplesmente nascer sabendo tudo e saber exatamente com quem nossos corações permaneceria. Nossa vida poderia ainda assim ser um longo resumo da "busca pelo amor", mas dessa vez, pelo amor certo, pelo amor verdadeiro, e não por um "amor de saudade" ou uma tentativa de encontrar a pessoa certa.


Pare um pouco e pense nesse mundo que vivemos. Cheguei a ouvir de muitas pessoas (e parece que a concordância é global) que o mundo é assim mesmo e que temos que aproveitar. Aproveitar o que? Sair beijando todo mundo é aproveitar a vida? Quanto mais sexo, maior o seu nível social? Estamos pensando muito em posições na cadeia alimentar, e a cadeia afetiva; a rede intelectual está ficando para trás! Não que eu seja algum gênio, mas gosto de ler livros, adoro Discovery Channel e National Geographic. Estudo não é tortura, é uma forma de conhecer melhor as coisas, de ter opinião própria e não se entregar à mídia dos paparazzi, das mortes no trânsito ou dos mensalões.


Só pra finalizar, não se importe na quantidade do gostar, digo, se um gosta mais do que o outro, mas mesmo assim se gostam, qual o problema em tentar? Particularmente, isso de um gostar mais do outro, do que o outro do um é até bom, porque um vai puxando o outro quando as coisas estão "frias". O que eu quero que você entenda, é que se você gosta o mínimo pra estar com alguém e esse alguém com você, TENTE! Você corre o sério risco de acertar.

(Paulo Spachi)