quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Eu sou assim...

Aqui escrevo mais um texto falando sobre mim. Digo mais um porque logo abaixo tem mais dois do mesmo assunto. Acabei de chegar em casa. Fui a uma balada sertaneja, que é o que eu mais gosto, e percebi as mesmas coisas de sempre:


- Meu mau humor: para lugares cheios de gente, passando por você pelos quatro lados e pelas quatro diagonais, encostando em você, te empurrando e ainda pisando no seu pé.


-Minha arrogância: em olhar para os lados e pensar "caramba, por que esse pessoal se mata tanto em busca de um beijo, em busca de uma bebida, seja guaraná ou cerveja, em busca de qualquer coisa que nem elas sabem o que?"


-Minha crítica: em pensar por quê os donos das casas não limitam a quantidade de ingressos de forma compatível com o bem estar e o conforto de seus clientes. Em pensar por quê os clientes gostam de tanta muvuca, de tanta esfregação.


-Minha idiotice: em saber que vou nesses lugares para não gostar de ficar lá exatamente pelos tópicos anteriores


-Minha paz: em entender que eu gosto de lugares tranquilos, sossegados, onde se pode sentar e conversar, sem me preocupar com essa coisa de pegação.


-Meu desespero: em olhar para os lados e perceber que estou sozinho. Não somente de sexo oposto, mas de frequentar lugares tranquilos, sossegados, onde se pode sentar e conversar, sem se preocupar com essa coisa de pegação.


-Minha dúvida: em perguntar "será que esse lugar é somente minha própria casa?"


Mas eu ainda vou a esses lugares para ver pessoas e poder escrever meus sentimentos aqui para vocês. Depois que comecei a escrevê-los senti-me bem melhor e a inspiração começou a vir mais facilmente. Comecei a organizar melhor minhas idéias e isso tem me feito bem. Até músicas tenho composto melhor.


Mas agora sei que não devo mais continuar saindo dessa forma, ao menos não para esses lugares. O que eu gosto mesmo é deixar acontecer naturalmente, sem técnicas de conquista ou perfumes de feromônio. O que eu gosto mesmo é frequentar lugares tranquilos, sossegados, onde se pode sentar e conversar, sem me preocupar com essa coisa de pegação.


(Paulo Spachi)

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